terça-feira, 12 de outubro de 2021

“POIS TODOS VÓS SOIS UM SÓ EM CRISTO JESUS”

 


Reflexão sobre o Mês da Bíblia – 2021

 

Setembro: mês da Bíblia. Sendo que esse ano se comemora os (50) cinquenta anos, ininterruptos, em que a igreja se debruça em reflexão e estudo de um livro da Bíblia. Nesse ano o tema é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas e o lema: “pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d), em sintonia com o que incentiva a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Apresento aos Agentes de Pastoral e Movimentos da Paróquia o material organizado por essa Coordenação, na esperança que possa ajudar a compreender um pouco mais sobre este escrito sagrado.

Iniciamos apresentando duas possíveis divisões desse livro, na intenção de facilitar o estudo e a compreensão, há outras, porém, não distancia das que serão aqui apresentadas. A primeira encontra-se na Bíblia do Peregrino e a outra conforme a Bíblia Sagrada – Tradução Oficial da CNBB.  

(1ª) SINÓPSE DA CARTA AOS GÁLATAS:

I.                    Parte autobiográfica (1,11-2,21)

1,11-24

Formação e vocação de Paulo

2,1-10

Paulo e os outros apóstolos: é reconhecido em sua missão.

2,11-21

Incidente com Pedro em Antioquia.

II.                  Parte doutrinal 3,1-4,31

3,1-14

Lei e fé: experiência do Espírito, exemplo de Abraão.

3,15-22

Lei e promessa.

3,23-4,31

Escravidão, filiação e liberdade

4,12-20

Paulo e os Gálatas

4,21-31

Agar e Sara

III.                Parte perenética 5,1-6,10

5,1-12

Liberdade cristã.

5,13-26

Guiados pelo Espírito.

6,1-10

Ajuda mútua.

 

Conclusão e despedida

6,11-18 (autógrafo de Paulo)

 

(Bíblia do Peregrino – 3ª Edição – Paulus – 2011)

 

(2ª) SINÓPSE DA CARTA AOS GÁLATAS:

1ª Parte: 1,1-2,21

1,1-10

Introdução: o Evangelho desvirtuado

1,11-2,10

A missão de Paulo aos pagãos

2,11-21

Fato da vida: Pedro e o evangelho de Paulo.

 

2ª Parte: 3,1-6,18

3,1-5

Introdução: o retrocesso dos gálatas.

3,6-4,7

O regime da fé e o da Lei, na história da salvação

4,8-5,12

Exportação: não voltar à escravidão.

5,13-6,10

A verdadeira liberdade, fruto do Espírito.

 

Conclusão: 6,11-18

6,11-18

Conclusão da Carta

 

(Bíblia Sagrada – Tradução Oficial da CNBB – 2ª Edição – 2019)

 

  DESENVOLVIMENTO:   

A ideia é apresentar dados suficientes para reflexão e posterior aprofundamento individual ou como grupo sobre o livro bíblico, não é exaurir a temática num trabalho minucioso e exegético. Sendo assim, o que ora apresento é mais um “colóquio” sobre essa carta paulina.

            A Carta é escrita quando da segunda viagem do Apóstolo Paulo à região da Galácia. Em sua primeira viagem havia constatado significativas experiências de vida de comunidade, verdadeiras e autênticas conversões, tudo estava de acordo com o Evangelho anunciado. Razão pela qual o Apóstolo nutria grande alegria.

Com o passar do tempo foi se perdendo esse espírito comunitário e os cristãos oriundo do judaísmo começaram a pensar que era preciso voltar o seguimento da Lei para que houvesse salvação de fato. O cumprimento da Lei era por demais pesado aos pobres do povo, já explorados em todos os sentidos. Essa volta a observância dos antigos costumes fez com que Paulo escreva carta aos irmãos dessa região da Galácia. De seu próprio punho ele reforça a ideia primeira de que era a fé que garante a salvação e não o cumprimento da Lei. O Cristo morto e ressuscitado havia garantido a salvação de uma vez por todas. Bastava crer nessa verdade. Quando se crê, claro que o comportamento e atitudes também mudam.

Nessa sua Carta, Paulo faz com as comunidade pensem e reflitam sobre alguns pontos que são cruciais: (1) Não há outro Evangelho sem ser o de Jesus Cristo e esse Evangelho já foi anunciado, sua vivência dispensa o cumprimento excessivo de regras e prescrições judaicas;     (2) A salvação oferecida por Jesus é de graça, Ele não nos deve nada, mas nos ama com um amor que ultrapassa nossa compreensão – aquele que é amado, como consequência deve ser capaz de amar; (3) A liberdade cristã é  outro ponto caro ao Apóstolo. Dizer para quem está preso e oprimido sob um fardo pesado que ele irá se salvar só se continuar carregando esse peso é reforçar a ideia de escravidão – a Boa Nova é que em Jesus nós fomos libertos de todo e qualquer jugo. “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres! (Gl 5,1).

Voltar ao cumprimento da Lei se configura como uma forma de escravidão, já havia tantas que oprimia o povo:

·         Política ditatorial,

·         Pagamento de pesados impostos ao Império Romano,

·         Humilhação constante por serem estrangeiros,

·         Obrigação de adorar os deuses do Império...

     Paulo escreve que os irmãos devem perceber que foram chamados para serem livres. Ele incentiva a todos que vivam essa liberdade oferecida por Jesus no mandamento do amor “Ame seu próximo como a si mesmo”. A Boa Nova de Jesus não substitui o legalismo judaico, mas é o que aproxima os irmãos na prática da justiça e da caridade.

 

 

CONCLUSÃO:

Há uma tendência de interpretar que tudo o que se refere a Lei é algo que deve ser abolido e não colocado em prática, essa tendência é quase subversiva. O escritor sagrado se refere a prática judaizante de impor pesados fardos aos outros e eles mesmos viverem na folga e opulência. Essa prática é condenável em todos os tempos. Quem já não ouviu: “Faça o que mando, mas não faça o que faço”?

A mudança nessa prática gera uma comunidade comprometida com o bem estar de todos. Dessa forma a mensagem do Evangelho liberta a pessoa para viver a única lei estabelecida por Jesus Cristo – a lei do amor, não um amor qualquer, mas o amor ativo que nasce da liberdade e envolve o ser humano em sua totalidade, fazendo com que produza muito mais frutos de justiça que qualquer lei imposta.

Precisamos perceber que nos tornamos um só em Cristo Jesus (Gl 2,28). A comunhão de vontades forma a comunidade. A comunidade que opta pelo seguimento a Jesus Cristo, precisa, livremente, se desvencilhar do cumprimento automático de certas práticas nocivas e deixar que a força do Espírito renove constantemente sua existência.

Não é cada um viver suas dores, angustias e sofrimentos isoladamente, mas fazer a experiência coletiva da bondade, misericórdia e amor de Deus. Ele mesmo quis se revelar como comunidade – Pai, Filho e Espírito Santo.

Que São Paulo nos ajude a viver essa nova realidade que se instala em nós e através de nós no meio que vivemos. Amém!

 

By Prof. Adilson

SUPERANDO TEMPOS DIFÍCEIS


 

=> Reflexão sobre a capacidade humana de superar situações traumáticas.

____________________________________________________________________________

 

Ao pensar sobre a realidade que nos cerca e nossa própria realidade, percebemos situações que nos deixam desencorajados em lutar para que haja transformação. São pessoas, condições sociais e circunstâncias que nos deixam “pra baixo”, frustrados ou até mesmo deprimidos. É aí que devemos reafirmar nossa vontade de superar tudo isso, toda essa situação que nos aflige e nos faz sentir incapacitados para a luta. Podemos e devemos mudar, mas é preciso saber como. Estabelecer uma meta clara, ser resiliente, constante e ter uma mentalidade positiva são alguns dos meios que no ajudarão a alcançar êxito em nossos propósitos e objetivos.

            Esse sentimento de incapacidade se revela em não estar feliz consigo mesma, suas ideias, seu corpo e com o meio em sua volta, esses são alguns gatilhos que disparam o cronômetro para experiências traumáticas. Adotar novas formas de pensamento para desenvolver novas atitudes é essencial. Uma cabeça sã não intoxica o coração com sentimentos menores. Nossa mente está acostumada ou diria, condicionada, a lutar ou fugir diante das ameaças, mas podemos romper esse esquema, podemos criar novos padrões, articular novos métodos, desenvolver novos comportamentos e atitudes.         

Para iniciar esse caminho de superação possível surgem como verbos imprescindíveis para serem conjugados:

  • Querer - realmente libertar-se do conjunto de coisas que te deixam à margem de uma vida saudável.
  • Controlar as situações que atrapalham o seu equilíbrio.

Para crescer no âmbito pessoal é necessário estabelecer uma meta, elaborar a melhor estratégia para alcançá-la e concentrar-se nela. Este é o passo anterior a qualquer ação e no qual se deve investir todo o tempo que for necessário.

Uma vez definida sua meta e como alcançá-la, chega o momento de passar à ação saindo de sua zona de conforto.

ð  O que é zona de conforto?

Podemos compreender essa expressão como sendo uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não a causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. É uma região onde nenhum indivíduo se sente ameaçado. Na zona de conforto, as pessoas realizam sempre um determinado tipo de comportamento que lhe dá um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Essa segurança é uma falsa segurança, uma vez que, quando ocorre uma grande mudança, quem está muito confortável leva um choque maior, e estará menos preparado para sobreviver do que os outros.

  Tendo estabelecido novas metas e objetivos para sua vida, vencido o pavor de sair de sua zona de conforto, é hora de mudar seu jeito de ser e agir. Nada mais de ficar com lamentações sobre o mundo e sobre você mesmo, a prática agora é diferente, o passo a ser dado agora é com “pegada”.

1)    Enxergar a si mesmo dando os passos necessários para conseguir seu objetivo e, consequentemente, alcançando o sucesso, irá ajudá-lo a romper padrões mentais tóxicos, a manter-se motivado e a sentir-se com uma atitude mais natural durante a caminhada.

2)    É fundamental manter uma atitude positiva. É necessário vigiar seus pensamentos, portanto, quando sua cabeça começar a projetar imagens de um velho filme tóxico, corte pela raiz esses pensamentos negativos.

3)    Dedicar alguns minutos por dia para controlar sua respiração aliviar a mente será de grande ajuda quando tiver que enfrentar situações de estresse fora de sua zona de conforto.

4)    O caminho para o sucesso está repleto de erros e obstáculos inesperados. Poucas coisas se conseguem na primeira vez. Não faz mal se você cair, o único problema é não se levantar.

5)    Competir com os demais como se estivesse em uma guerra desgasta. Concentre-se em sua meta e em sua forma de alcançá-la.

6)    Da mesma forma que errar um pênalti deixa uma marca negativa, superar pequenos desafios deixa marcas positivas que reforçarão seus passos para o sucesso.

7)     Não se renda à preguiça ou ao desânimo, você deve avançar para sua meta com a maior regularidade possível. Se todos os dias você mentalizar que alcançará seus objetivos, tal atitude passará a fazer parte de sua personalidade.

8)    É bom recompensar a si mesmo quando consegue pequenas vitórias, pois esses prêmios irão motivá-lo a continuar avançando.


Esteja atento para evitar:

ð  Ser negativo - Se continuar projetando mentalmente filmes em que tudo dá errado, naturalmente tudo vai dar errado.

ð  Esperar de braços cruzados - O sucesso não cai do céu. Se não avançar rumo à meta, ela sempre estará na mesma distância.

ð  Não acreditar na vitória - Se você se convencer de que nunca vai vencer, isso é exatamente o que vai acontecer.

ð  Culpar terceiras pessoas - Você deve ser totalmente responsável pelos seus atos. Culpar os outros de sua situação ruim é a melhor forma de não superá-la.

ð  Não pedir ajuda - Se alguém puder ajudá-lo a alcançar sua meta — amigos, colegas, profissionais, etc. — e você não recorrer a essa pessoa, estará reduzindo suas possibilidades de sucesso. Fazer um caminho de superação pessoal não é incompatível com pedir ajuda.

////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Acredito que com essas informações, frutos de leitura e pesquisa em diferentes fontes, acrescidas de minha reflexão pessoal, sirva de contribuição para o seu passo inicial. Que esse passo seja dado com firmeza e determinação.

By Prof. Adilson