Refletindo
a Palavra: - Lucas 5,1-11 – Ler o texto na Bíblia
(Pode ser usado em grupos bíblicos dividindo
em leitores o conteúdo da reflexão, como este que organizei. Também pode
intercalar com cantos de refrões ou até mesmo com mensagem extraída por cada
leitor favorecendo a participação.)
Leitor
1: Deus tem um plano para
cada um de nós! Ao longo da história, Deus sempre chama pessoas e as envia para
realizar o seu plano de amor.
Quando chamou Isaías, Deus se revelou
quando ele estava em oração no templo (cf. Is 6, 1-8). Inicialmente, Isaías se
sente pequeno e indigno. Deus então pergunta: “Quem vou enviar?” Isaías,
sensível ao apelo de Deus, aceita: “Eis-me aqui, envia-me.” Vemos aqui os
passos da vocação: A iniciativa é sempre de Deus. A primeira reação é sempre a
mesma: “não sou capaz.” “Não sou digno.” Mas, quando confiamos em Deus e nos
colocamos numa atitude de disponibilidade, Deus nos purifica e fortalece, e
acabamos, com a graça de Deus, dando conta do recado.
Leitor
2: Outra vocação é a de
São Paulo. Em 1cor 15, 1-11, Paulo conta a sua vocação (seu chamado). Ele se
considera o “último” dos apóstolos… como um “abortivo.” Mas no encontro com
Cristo, a caminho de Damasco, responde: “Senhor, que queres que eu faça?”.
Leitor
3: No Evangelho (Lc 5,
1-11) temos o chamado dos primeiros apóstolos. Jesus entra na barca de Pedro e
fala ao povo. Pedro se sente indigno… e Jesus: “Não tenhas medo!” Jesus
convida: “De hoje em diante tu serás pescador de homens.” Pedro, Tiago e João
largam tudo e O seguem.
Pedro diz a Jesus que tinham trabalhado a noite
inteira e não haviam pescado nada. “A resposta de Simão parece razoável.
Costumam pescar a essas horas e, precisamente naquela ocasião, a noite tinha
sido infrutífera. Para que haviam de pescar de dia? Mas Pedro tem fé: “Mas, em
atenção à tua palavra, vou lançar as redes” (Lc 5,5). Resolve fazer como Cristo
lhe sugeriu; compromete-se a trabalhar, confiando na Palavra do Senhor”.
Leitor
4: Apesar do cansaço,
apesar de a ordem de pescar ter partido de quem não era homem do mar, e ter-se
dirigido a uns pescadores que sabiam da inoportunidade da hora para essa tarefa
e da ausência de peixes, tomam as redes nas mãos. Agora por pura confiança no
Mestre, cuja, autoridade e poder Pedro já conhecia. Pedro confia e obedece! Em
toda a ação apostólica, há dois requisitos indispensáveis: a fé e a obediência.
De nada serviriam o esforço, os meios humanos, as noites em claro, se
estivessem desligados do querer divino… Sem obediência, tudo é inútil diante de
Deus. De nada serviria entregarmo-nos com brio e garra a um empreendimento
apostólico se não contássemos com o Senhor. Até aquilo que é mais valioso nas
nossas obras se tornaria estéril se prescindíssemos do desejo de cumprir a
vontade de Deus. “Deus não necessita do nosso trabalho, mas da nossa
obediência”, ensina São João Crisóstomo.
Leitor
5: Pedro fez o que o
Senhor lhe tinha mandado e recolheram tal quantidade de peixes que a rede se
rompia. O fruto da tarefa que tem por norte a fé é abundantíssimo. E ,só quando
se reconhece a inutilidade própria e se confia em Deus, sem deixar de empregar,
ao mesmo tempo, todos os meios humanos disponíveis, é que o apostolado se torna
eficaz e os frutos abundantes, pois “toda a fecundidade no apostolado depende
da união vital com Cristo” (Concílio Vat. II, AA, 4). Hoje o Senhor dirige-se a
cada um de nós para que nos sintamos urgidos a segui-Lo de perto, como
discípulos fiéis, no meio das nossas tarefas, e a realizar no nosso próprio
ambiente um trabalho apostólico audaz, cheio de fé na palavra de Jesus: Mar a
dentro! Repele o pessimismo que te faz covarde. E lança as redes para pescar.
Não vês que podes dizer, como Pedro: Jesus, em teu nome, procurarei almas?”.
Leitor
6: Contemplando a figura
de Pedro, não há dúvida de que nós também podemos dizer a Jesus: Afasta-te de
mim, Senhor, que eu sou um pobre pecador. Mas, ao mesmo tempo, pedimos-lhe que
nunca nos permita separar-nos dEle, que nos ajude a entrar a fundo – mar a
dentro – na sua amizade, na santidade, num apostolado aberto, sem respeitos
humanos, cheio de fé, apoiados na voz do Senhor que, no silêncio da nossa
oração pessoal, nos anima e nos insta a levar-lhe almas. Deus continua chamando
operários para a Messe: Uns são chamados para serem profetas como Isaías, e
pescadores de homens como Pedro. Qual é a nossa resposta? Peçamos ao Senhor a
graça de acolhermos com a generosidade…
-de Isaías: “Eis-me aqui… envia-me…”
-de Paulo: “Senhor, que queres que eu
faça?”
-dos primeiros Apóstolos: “Largaram tudo e
O seguiram.”
Cristo, hoje, pode contar com você?
++++++++++++++++++++++++++
Nenhum comentário:
Postar um comentário