sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Solenidade da Santa Mãe de Deus (Theotokos)



Primeiro dia de janeiro:

Solenidade da Santa Mãe de Deus (Theotokos)
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será Admirável, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.
E o seu reino não terá fim, aleluia!

Solenidade de Theotokos ou Solenidade da Santa Mãe de Deus ocorre em 1º de Janeiro. É uma das solenidades mais antigas da Igreja, com evidências de ser comemorada desde os primeiros cristãos que se reuniam nas catacumbas de Roma no tempo das perseguições. Inscrições de “Theotókos” (Maria, mãe de Deus) foram encontradas nas paredes dessas catacumbas.
A cor litúrgica é a branca. São feitas duas leituras e entoa-se o Hino de Louvor. É rezado o prefácio eucarístico próprio para a Solenidade deste dia. Ao lado de Nossa Senhora, celebramos o Dia Mundial da Paz, o Ano Novo. Após o início do Tempo do Natal, concluímos as Oitavas de Natal com esta solenidade da Santa Mãe de Deus.
Liturgia das Horas
Por ser uma solenidade de preceito, isto é, que demanda nossa participação equivalente aos domingos, a liturgia das horas conta com as Vésperas I (na noite de 31 de dezembro) e com todas as horas canônicas do dia seguinte. O ofício é próprio e está relacionado ao Tempo do Natal.
Theotokos – Mãe de Deus
Mas como podemos dizer que uma humana, Maria, é mãe de Deus?
Jesus é o Verbo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, portanto existe desde sempre, assim como o Pai e o Espírito Santo. Porém, esse Deus que nos ama resolveu encarnar e nascer de uma mulher para nos salvar da morte e do pecado.
Sendo Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro Homem desde o ventre de Maria, sua mãe é, portanto, a mãe de Deus. Se Cristo é o Novo Adão, Maria é a nova Eva, aquela que se submeteu à vontade de Deus contrabalançando a desobediência de Eva no Paraíso! Assim o nó de Eva foi desatado pela obediência de Maria; pois o que Eva, uma virgem, atou pela sua descrença, Maria, uma virgem, desatou pela sua fé.
Devemos sempre começar nosso ano com essa missa, pedindo à Santa Mãe de Deus e também nossa que nos abençoe e nos dê forças para seguir seu exemplo de dizer sempre sim a Deus em nossa vida. Nos louvamos Maria porque ela é a Mãe do Nosso Deus.
Nós não a veneramos isoladamente, mas por sua relação com Cristo. Assim a reverência mostrada a Maria, longe de eclipsar a adoração de Deus, tem exatamente o efeito contrário: quanto mais estimamos Maria, mas vívida é a nossa consciência da Majestade de seu Filho, pois é precisamente por conta do Filho que nós veneramos a Mãe.
Qualquer um que pense nas implicações da grande frase: O Verbo se fez Carne, não pode deixar de sentir um respeito temeroso por aquela que foi escolhida como instrumento de tão extraordinário Mistério. Quando os homens se recusam a louvar Maria, muito frequentemente é porque eles não acreditam realmente na Encarnação.
Entre todas as criaturas de Deus, ela é o exemplo supremo de sinergia ou cooperação entre o propósito da divindade e a vontade livre do ser humano. Deus, que sempre respeitou a liberdade humana, não quis tornar-se encarnado sem o livre consentimento de Sua Mãe. Ele esperou pela resposta voluntária dela: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim, segundo a sua palavra" (Lc. 1:38). Maria poderia ter recusado: Ela não era meramente passiva, mas uma participante ativa no Mistério.

ORAÇÃO À SANTA MÃE DE DEUS:
Ó, Mãe de Deus e nossa, rosto materno da ternura de Deus Pai, tua simplicidade é para nós uma escola, e nela tua disponibilidade à grande lição que queremos aprender para assentar nosso mundo na solidariedade fraterna. Mãe amorosa no silêncio, resistente nas lutas pelo bem, ensina-nos sempre a semear a boa semente da vida e a experimentar duradoura alegria na confiança!Tua presença redobra nosso entusiasmo e, assim, sejamos favorecidos por tua clemência e intercessão, com a ternura que aquece nossos corações e nos cura de decepções e cansaços que nos abatem pelo caminho, presenteados, cada dia, com o dom da saúde e da paz, para nos convencermos de fazer o bem e ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus, enquanto caminhamos, juntos e confiantes, para o Reino definitivo. Amém.
(Dom Walmor Oliveira de Azevedo)

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