sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Maria no Evangelho de Lucas



Maria no Evangelho de Lucas

Maria é apresentada no evangelho de Lucas como aquela que foi a primeira discípula de Cristo e também como o exemplo maior para toda a cristandade, pois é aquela que ouve atentamente a palavra de Deus, com muita fé e a guarda, colocando em prática posteriormente.

Ao perceber que havia sido escolhida para missão tão especial, trazer ao mundo o Salvador, Maria não recua e diz sim ao chamado de Deus, mesmo com a grande dificuldade inicial que poderia colocar dúvidas em sua cabeça a respeito deste acontecimento. Ela questiona, com propriedade, como poderia realizar obra de tal magnitude pois não havia realizado a conjunção carnal com nenhum homem. Mas, este é um dilema que logo é vencido, pois Maria compreende que para a vontade de Deus não existem limites.

Desta forma, Maria confiou plenamente e disse sim ao projeto salvífico e torna-se referência.

Com este exemplo, Maria se torna um guia para todo o cristão, pois foi justamente a primeira a acreditar na vinda do messias e que poderia trazê-lo ao mundo, ajudando em sua educação, o criando como uma boa mãe. É notória a observação de Santo Agostinho que diz que Maria concebeu Jesus primeiro em seu coração e depois em seu ventre.

Ela sentiu-se chamada a participar desta magnífica obra e participou com toda a sua coragem, com toda a sua fé, tornando-se inclusive uma missionária, a primeira, pois enquanto levava Jesus em seu ventre já vai visitar sua parente Isabel e levar um pouco da graça de Deus que se derramara sobre sua pessoa bem-aventurada com o objetivo de dividir tamanha graça com a humanidade.

Estas características demonstram claramente a visão do evangelista Lucas em relação à mulher Maria, esta que foi a escolhida para ser a mãe de Jesus. É uma atenta ouvinte da palavra de Deus, que guarda e frutifica esta mesma palavra. Faz memória a partir dos desígnios de Deus e dos ensinamentos de seu filho Jesus.

Quando este faz o rompimento necessário com sua família terrena para mostrar quais os vínculos realmente importantes aos olhos de Deus e poder se dedicar integralmente ao anúncio do Reino de Deus, ela deixa de ser apenas a mãe de Jesus e passa a ser uma irmã, que está ali, depois de ter educado o filho, agora para aprender os preciosos ensinamentos daquele que veio para salvar a humanidade. E ela faz isto justamente ouvindo com atenção a Sua palavra e meditando profundamente a respeito dela, guardando-a dentro de si e levando adiante, assim como deve agir o verdadeiro discípulo de Cristo. Ela procura desvendar o sentido destas palavras, o que comprova sua determinação em compreendê-las a fundo para melhor segui-las. Ela é uma missionária que reflete acerca da palavra.

Tão importante quanto estes aspectos da personalidade de Maria destacados por Lucas, não podemos nos esquecer do cântico Magnificat.

Dada a importância que Lucas coloca em seu texto de mostrar a preferência de Deus pelos pobres vamos encontrar nesta passagem, atribuída à Maria, uma bela defesa, partida por uma serva fiel do Senhor, daqueles que são humildes e de que o Reino de Deus é mais facilmente atingido por eles. Maria, através do Magnificat, nos diz que as injustiças terão fim com Deus e que a fé é fundamental neste processo.

Por tudo isto, podemos concluir que Maria é o exemplo acabado do seguidor de Cristo o qual devemos todos nos espelhar. Ela ouve atentamente, não somente ouvindo, mas escutando e guardando com carinho tudo em seu coração de mãe de Cristo e irmã dos cristãos, fazendo que estes ensinamentos frutifiquem ao longo da travessia de fé. Ao mesmo tempo, Maria é peregrina, leva esta palavra adiante, sai pelo mundo, como deve fazer o cristão, espalhando a palavra de Deus. E por fim, Maria indica a preferência de Deus pelos humildes e faz acreditar com mais força que as injustiças terão fim e os homens poderão viver irmanadamente.  

Fonte: Eduardo Freitas - <http://mariologiapucrs.blogspot.com>


Maria no evangelho de João



MARIA NO EVANGELHO DE JOÃO

João escreveu o seu evangelho por volta do ano 90-100 d.C. É também autor do livro do Apocalipse. Tanto o quarto evangelho com o livro do Apocalipse apresentam, por serem os escritos mais tardios, uma reflexão bem mais madura sobre Jesus.

O Evangelho de João está dividido em três partes:
a) Prólogo (Jo 1, 1-18)
b) Livro dos Sinais (Jo 1,19 – 12,50)
c) Livro da Exaltação (Jo 13-20)

Menciona a Mãe de Jesus em três ocasiões: uma indiretamente, na encarnação do Filho de Deus (Jo 1, 14), e as duas de uma maneira bem explicita: as Bodas de Caná (Jo 2, 1-12) e na Morte de Jesus (Jo 19, 25-27).

1) Jo 1,14: (PROLOGO)

E o Verbo divino se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
Embora o texto não mencione Maria, porque a intenção do autor é mostrar a origem divina de Jesus (Verbo de Deus), dá-se a entender que Ela está implícita no processo da encarnação de Jesus (“e habitou entre nós”). Não podemos, em hipótese alguma, afirmar que este é um texto mariano, mas quando se fala em “encarnação” do Verbo Divino, Maria é lembrada.

2) Jo 2, 1-12 (AS BODAS DE CANÁ)

1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, e estava ali a mãe de Jesus;
2 e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.
3 E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.
4 Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
5 Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
6 Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas (medida antiga equivalente a cerca de 40 litros).
7 Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram- nas até em cima.
8 Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram.
9 Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo
10 e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
11 Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.
12 Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.
Este relato encontra-se inserido no chamado “bloco dos sinais”. É cheio de uma simbologia muito grande. Os sinais apresentam um sentido de revelação da pessoa de Jesus e têm uma intima relação com a fé. Quando Jesus realiza um milagre, este serve de sinal para que as pessoas vendo possam acreditar em Jesus. Em Mateus, Marcos e Lucas, os milagres que Jesus realiza indicam o poder de Deus sobre as forças do mal.
Os sinais que o quarto evangelho mencionam também expressam a Glória de Deus, que com Jesus, aos poucos vai se manifestando ao mundo.

Analisando o texto…

Um primeiro dado interessante que se percebe à primeira vista é que João não menciona o nome “Maria”. Ele refere-se a Maria chamando-a de “Mulher” ou “Mãe de Jesus” (seis vezes). A explicação é simples: João gosta de apresentar certas pessoas como modelos de seguidores do projeto de Jesus. Maria, portanto, é um modelo, uma figura símbolo que aceitou a mensagem de Jesus.
Apesar de ser uma festa de casamento, os personagens principais não são os noivos e sim Jesus e Maria. Apesar de usar uma linguagem de um casamento, João quer mostrar, com este relato, que o pacto (casamento) entre o povo da Antiga Aliança (Israel) e Deus estava desgastado, sem vida, vazio, devido o abismo do pecado.
O relato data muito a sequência dos dias, com destaque especial “ao terceiro dia” , alusão simbólica à Aliança no Monte Sinai (Ex 19, 11.9) e principalmente à Ressurreição de Jesus.
Ao fazer chegar até Jesus a problemática da falta de vinho, Maria se apresenta como aquela que, conhecendo as necessidades da humanidade, pede ajuda para Jesus. Aqui está simbolizado o papel de intercessora atribuído a Maria.
A primeira reação de Jesus ao afirmar “Mulher, que tenho eu contigo” (ou, que importa a mim e a ti), parece ser um tanto ríspida com relação a Maria, mas serve para ilustrar o deslocamento de perspectiva: que Jesus chama os seus interlocutores (na pessoa de Maria) para perceber um outro nível de sua presença.

A palavra “mulher” pode representar três ideias:

·         Pode lembrar Gn 3, referindo a Eva-Mulher que trouxe o pecado ao mundo. Assim Maria, a nova Mulher trouxe a salvação, Jesus;

·         Maria, Mulher, pode representar todo o povo de Israel (Filha de Sião);

·         Pode traduzir todo o reconhecimento da figura feminina na comunidade de João pelo papel evangelizador que as mulheres desempenhavam no testemunho do Evangelho.

Depois de realizar o milagre da transformação da água em vinho, o relato tem um desfecho muito significativo. E é para lá que apontava João: Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. ( v11). Com isso, o autor acentua a centralidade do relato: mostrar quem é Jesus (aquele que traz o vinho novo, a Nova Aliança, o Novo Pacto, a alegria, a plenitude, a graça, a salvação) e a fé dos discípulos que aderem ao projeto do Filho de Deus. E todo o projeto do Reino de Deus é simbolizado através da figura das Bodas, o grande Banquete, as Núpcias do Cordeiro, a grande Festa da plena e definitiva alegria. Jesus é o novo NOIVO.

Maria-mulher é aquela que leva os discípulos a crerem em Jesus. Incentiva os filhos a fazerem a vontade do seu Filho.

3) Jo 19, 25-27 (MARIA JUNTO À CRUZ)

v25 Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena.

v26 Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.

v27 Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

O texto mostra que estavam presentes junto à cruz de Jesus quatro mulheres: a mãe de Jesus, uma irmã de Maria, Maria esposa de Cléofas e Maria Madalena e também o discípulo amado.
As mulheres, como já vimos, representam o serviço generoso e destacado que elas exerciam na comunidade; o “discípulo amado” representa o modelo ideal de todo cristão que apesar das contrariedades e cruzes da vida, permanece fiel a Cristo.
Ao colocar Maria junto à cruz de Jesus, o autor do livro, quer:

v  simbolizar a presença da mãe sofredora que sempre esteve ao lado de Jesus e de todo aquele que sofre;

v  fazer uma relação entre as Bodas de Cana onde Maria esteve presente no inicio das atividades do seu Filho, como no pleno cumprimento de sua missão, através da morte da Cruz.

Tanto o discípulo amado com Maria, são representações da Igreja:

Ø  Maria como geradora de novos filhos (mulher, membro constitutivo da Igreja e mãe da comunidade);

Ø  O Discípulo amado como representante de todos os fiéis que seguem Jesus custe o que custar.

Resumindo, podemos sintetizar a figura de Maria no quarto evangelho como:
– discípula fiel
– pessoa de fé
– mãe da comunidade
– mulher solidária

Fonte: (<igrejamilitante.com>)

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A bênção de Deus - Num 6,22-27



A bênção de Deus - Num 6,22-27


O Senhor disse a Moisés:
«Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes:
Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
‘O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável.
O senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel
e Eu os abençoarei».

O nosso texto situa-nos no Sinai, frente à montanha onde se celebrou a aliança entre Deus e o seu Povo… No contexto das últimas instruções de Jahwéh a Moisés, antes de Israel levantar o acampamento e iniciar a caminhada em direcção à Terra Prometida, é apresentada uma fórmula de bênção, que os “filhos de Aarão” (sacerdotes) deviam pronunciar sobre a comunidade.
Provavelmente, trata-se de uma fórmula litúrgica utilizada no Templo de Jerusalém para abençoar a comunidade, no final das celebrações litúrgicas, antes de o Povo regressar a suas casas… Essa bênção é aqui apresentada como um dom de Deus, no Sinai.
A “bênção” (“beraka”) é concebida, no universo dos povos semitas, como uma comunicação de vida, real e eficaz, que atinge o “abençoado” e que lhe transmite vigor, força, êxito, felicidade. É um dom que, uma vez pronunciado, não pode ser retirado nem anulado. Aqui, essa comunicação de vida – fruto da generosidade e do amor de Deus – derrama-se sobre os membros da comunidade por intermédio dos sacerdotes (no Antigo Testamento, os intermediários entre o mundo de Jahwéh e a comunidade israelita).
Esta “bênção” apresenta-se numa tríplice fórmula, sempre em crescendo (no texto hebraico, a primeira afirmação tem três palavras; a segunda, cinco; a terceira, sete). Em cada uma das fórmulas, é pronunciado o nome de Jahwéh… Ora, pronunciar três vezes o nome do Deus da aliança é dar uma nova atualidade à aliança, às suas promessas e às suas exigências; é lembrar aos israelitas que é do Deus da aliança que recebem a vida nas suas múltiplas manifestações e que tudo é um dom de Deus.
A cada uma das invocações, correspondem dois pedidos de bênção: “que Jahwéh te abençoe (isto é, que te comunique a sua vida) e te proteja”; “que Jahwéh faça brilhar sobre ti a sua face (hebraísmo que se pode traduzir como ‘que te mostre um rosto sorridente e favorável’) e te conceda a sua graça”; que Jahwéh dirija para ti o seu olhar (hebraísmo que significa ‘olhar para ti com benevolência’, ‘acolher-te’) e te conceda a paz” (em hebraico: ‘shalom’ – no sentido de bem-estar, harmonia, felicidade plena).
Este texto lembra ao israelita que tudo é um dom do amor de Jahwéh e que o Deus da aliança está ao lado do seu Povo em cada dia do ano, oferecendo-lhe a vida plena e a felicidade em abundância.

REFLEXÃO:

A reflexão pode fazer-se a partir dos seguintes dados:

• Em primeiro lugar, somos convidados a tomar consciência da generosidade do nosso Deus, que nunca nos abandona, mas que continua a sua tarefa criadora derramando sobre nós, continuamente, a vida em plenitude.

• É de Deus que tudo recebemos: vida, saúde, força, amor e aquelas mil e uma pequeninas coisas que enchem a nossa vida e que nos dão instantes plenos. Tendo consciência dessa presença contínua de Deus ao nosso lado, do seu amor e do seu cuidado, somos gratos por isso? No nosso diálogo com Ele, sentimos a necessidade de O louvar e de Lhe agradecer por tudo o que Ele nos oferece? Agradecemos todos os dons que Ele derramou sobre nós no ano que acaba de terminar?

• É preciso ter consciência de que a “bênção” de Deus não cai do céu como uma chuva mágica que nos molha, quer queiramos, quer não (magia e Deus não combinam); mas a vida de Deus, derramada sobre nós continuamente, tem de ser acolhida com amor e gratidão e, depois, transformada em gestos concretos de amor e de paz. É preciso que o nosso coração diga “sim”, para que a vida de Deus nos atinja e nos transforme.



Santa Maria, Mãe de Deus.


Santa Maria, Mãe de Deus.
(1º Dia de JANEIRO)

No início de mais um novo ano de oração e serviço a Deus, a Santa Igreja nos convida a celebrar o mais importante título com que a Virgem Maria é honrada e aclamada pelos fiéis de todas as épocas e de todos os lugares: Mãe de Deus.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 2, 16-21)

“Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. Quando o viram, contaram as palavras que lhes tinham sido ditas a respeito do menino. Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam. Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os pastores retiraram-se, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, de acordo com o que lhes tinha sido dito. No oitavo dia, quando o menino devia ser circuncidado, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido no ventre da mãe”.

No dia em que temos a alegria de começar um novo ano de trabalhos e oração, a Santa Madre Igreja nos convida a celebrar o mais importante título com que a cristandade, desde as suas origens, tem honrado a Virgem Maria e, por meio dela, Aquele que por ela quis vir ao mundo. Referimo-nos à solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: dia de preceito, dia de mistério, dia de, com os olhos postos em nossa Mãe Dadivosa, renovarmos todo o conjunto de nossa santa fé católica. Antes, porém, de vermos quais propósitos a festa de hoje nos pode inspirar, olhemos de mais perto as doçuras e preciosidades que se escondem sob este tão grande e tão misterioso título com que a Virgem Santíssima é há séculos aclamada.

Desde antes de dar seu Filho à luz, Maria foi chamada por Santa Isabel a "mãe de meu Senhor" (Lc 1, 43). E os evangelistas, por sua vez, não se envergonham de referir-nos o que a respeito de Cristo pensavam os nazarenos: afinal, não era Maria sua mãe? (cf. Mt 13, 55). Com efeito, a "mãe de Jesus" (cf. Jo 2, 1; 19, 25), como carinhosamente lhe chama o discípulo a cujos cuidados seria confiada (cf. Jo 19, 26s), é sempre mencionada por sua relação Àquele que "ela concebeu do Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne" (CIC, § 495). Ora, quem é esse Filho, que é esse fruto bendito senão a própria a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho eterno a quem o Pai, gerando-o desde sempre, transmite tudo o que é, tudo o que tem?

Sob o olhar da fé podemos descobrir aqui a belíssima conveniência dessa maternidade divina, em razão da qual quis o próprio Deus cumular de graças e enriquecer com uma santidade singular aquela que escolhera para dar à luz o Redentor. É esta, pois, uma verdade atestada já por São Paulo: "[...] quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, que nasceu de uma mulher" (Gl 4, 4): pois do mesmo modo como da substância de Adão Eva fora formada, ainda virgem e sem pecado, assim também o Cristo haveria de tomar parte na carne imaculada de Maria, toda pura e sempre intacta. Eis a justiça, eis a sabedoria com que Deus, servindo-se dos mesmos instrumentos pelos quais a serpente fê-lo ruir, reergue o gênero humano sobre a humildade da nova Eva!
         Indefectivelmente fiel à fé recebida dos Apóstolos, a Igreja nunca temeu confessar que Maria é, de fato, Mãe de Deus (Theotókos). Não porque o Verbo divino, ao fazer-se carne, tenha nela tido origem, mas porque dela recebeu o santo corpo pelo qual operou a obra da nossa salvação; não porque a Virgem Deí para tenha gerado a natureza divina, mas porque deu à luz Cristo, verdadeiro Deus. Mãe de Deus, mãe de Nosso Senhor, mãe da Cabeça da Igreja: devido a esta grande e amável dignidade, não pode a Virgem Maria deixar de ser também mãe dos membros de Cristo, mãe nossa, à cuja proteção devemos recorrer. Mãe de Cristo Rei; rainha, portanto, dos homens e dos anjos. Mão do Divino Mediador; mediadora, portanto, para todos os que desejam ir a Jesus e, por meio dele, ao Pai celeste.
Consagremos o ano que hoje começa aos cuidados desta Mãe admirável. Que ela, pondo-nos sob a proteção de seu manto maternal, nos preserve do pecado, nos ajude a vencer as tentações, nos dê força de vontade para querermos ser santos. Que ela nos faça perseverar, firmes e constantes, no serviço ao Senhor até o dia de nossa morte, por mais duro e áspero que seja o caminho. Que ao longo deste novo ano possamos associar-nos às dores da Mãe de Deus, a fim de um dia participarmos, ao seu lado, das alegrias que a sua divina maternidade conquistou para todos os redimidos pelo sangue de Cristo!
(Pe. Paulo Ricardo)

Solenidade da Santa Mãe de Deus (Theotokos)



Primeiro dia de janeiro:

Solenidade da Santa Mãe de Deus (Theotokos)
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será Admirável, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.
E o seu reino não terá fim, aleluia!

Solenidade de Theotokos ou Solenidade da Santa Mãe de Deus ocorre em 1º de Janeiro. É uma das solenidades mais antigas da Igreja, com evidências de ser comemorada desde os primeiros cristãos que se reuniam nas catacumbas de Roma no tempo das perseguições. Inscrições de “Theotókos” (Maria, mãe de Deus) foram encontradas nas paredes dessas catacumbas.
A cor litúrgica é a branca. São feitas duas leituras e entoa-se o Hino de Louvor. É rezado o prefácio eucarístico próprio para a Solenidade deste dia. Ao lado de Nossa Senhora, celebramos o Dia Mundial da Paz, o Ano Novo. Após o início do Tempo do Natal, concluímos as Oitavas de Natal com esta solenidade da Santa Mãe de Deus.
Liturgia das Horas
Por ser uma solenidade de preceito, isto é, que demanda nossa participação equivalente aos domingos, a liturgia das horas conta com as Vésperas I (na noite de 31 de dezembro) e com todas as horas canônicas do dia seguinte. O ofício é próprio e está relacionado ao Tempo do Natal.
Theotokos – Mãe de Deus
Mas como podemos dizer que uma humana, Maria, é mãe de Deus?
Jesus é o Verbo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, portanto existe desde sempre, assim como o Pai e o Espírito Santo. Porém, esse Deus que nos ama resolveu encarnar e nascer de uma mulher para nos salvar da morte e do pecado.
Sendo Jesus verdadeiro Deus e verdadeiro Homem desde o ventre de Maria, sua mãe é, portanto, a mãe de Deus. Se Cristo é o Novo Adão, Maria é a nova Eva, aquela que se submeteu à vontade de Deus contrabalançando a desobediência de Eva no Paraíso! Assim o nó de Eva foi desatado pela obediência de Maria; pois o que Eva, uma virgem, atou pela sua descrença, Maria, uma virgem, desatou pela sua fé.
Devemos sempre começar nosso ano com essa missa, pedindo à Santa Mãe de Deus e também nossa que nos abençoe e nos dê forças para seguir seu exemplo de dizer sempre sim a Deus em nossa vida. Nos louvamos Maria porque ela é a Mãe do Nosso Deus.
Nós não a veneramos isoladamente, mas por sua relação com Cristo. Assim a reverência mostrada a Maria, longe de eclipsar a adoração de Deus, tem exatamente o efeito contrário: quanto mais estimamos Maria, mas vívida é a nossa consciência da Majestade de seu Filho, pois é precisamente por conta do Filho que nós veneramos a Mãe.
Qualquer um que pense nas implicações da grande frase: O Verbo se fez Carne, não pode deixar de sentir um respeito temeroso por aquela que foi escolhida como instrumento de tão extraordinário Mistério. Quando os homens se recusam a louvar Maria, muito frequentemente é porque eles não acreditam realmente na Encarnação.
Entre todas as criaturas de Deus, ela é o exemplo supremo de sinergia ou cooperação entre o propósito da divindade e a vontade livre do ser humano. Deus, que sempre respeitou a liberdade humana, não quis tornar-se encarnado sem o livre consentimento de Sua Mãe. Ele esperou pela resposta voluntária dela: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim, segundo a sua palavra" (Lc. 1:38). Maria poderia ter recusado: Ela não era meramente passiva, mas uma participante ativa no Mistério.

ORAÇÃO À SANTA MÃE DE DEUS:
Ó, Mãe de Deus e nossa, rosto materno da ternura de Deus Pai, tua simplicidade é para nós uma escola, e nela tua disponibilidade à grande lição que queremos aprender para assentar nosso mundo na solidariedade fraterna. Mãe amorosa no silêncio, resistente nas lutas pelo bem, ensina-nos sempre a semear a boa semente da vida e a experimentar duradoura alegria na confiança!Tua presença redobra nosso entusiasmo e, assim, sejamos favorecidos por tua clemência e intercessão, com a ternura que aquece nossos corações e nos cura de decepções e cansaços que nos abatem pelo caminho, presenteados, cada dia, com o dom da saúde e da paz, para nos convencermos de fazer o bem e ajudar o mundo a abrir-se ao amor de Deus, enquanto caminhamos, juntos e confiantes, para o Reino definitivo. Amém.
(Dom Walmor Oliveira de Azevedo)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Roteiro para a Oração das Mil Ave Marias




MIL AVE-MARIAS.
Nesta manhã (tarde ou noite), queremos nos unir aos irmãos do Brasil e do mundo, para rezar as Mil Ave-Marias. Em união com a Igreja Combatente, Padecente e Triunfante, a oração desta manha (tarde ou noite) será em honra, glória e louvor à Santíssima Trindade, a Maria, Mãe de Deus e nossa e pelo dom da Eucaristia. Oferecemos pela Igreja, sua unidade, testemunho e missão, pela humanidade, que se abra à luz e reconheça Deus presente, pelos doentes e agonizantes, por todos os que sofrem, pelos falecidos, pelas vocações e pelos ministros da Igreja: Papa, Bispos, Sacerdotes, Diáconos e nosso Pároco.
Creio - Pai Nosso - 3 Ave-Marias - Glória ao Pai


MISTÉRIOS GOZOSOS
1º Mistério Gozoso – Anúncio da Salvação
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa Encarnação no seio de Maria; e vos pedimos, por esse mistério, e por sua intercessão uma profunda humildade. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da Encarnação, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

2º Mistério Gozoso – Visita Salvadora
Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da visitação de vossa santa Mãe à sua prima santa Isabel e da santificação de São João Batista; e vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a caridade para com o nosso próximo. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da visitação, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.


3º Mistério Gozoso – A Vinda do Salvador
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra ao vosso nascimento no estábulo de Belém; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor a pobreza e o desapego dos bens terrenos. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério do nascimento de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

4º Mistério Gozoso – Apresentação do Menino como oferta para a redenção da humanidade.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra a vossa apresentação ao templo, e da purificação de Maria; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, uma grande pureza de corpo de alma. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da purificação descei, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

5º Mistério Gozoso – Encontro do Menino com Seus Pais, no Templo.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra de vosso reencontro por Maria; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, a verdadeira sabedoria. Assim seja.
Todos Graças ao mistério do reencontro de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

MISTÉRIOS LUMINOSOS
1º Mistério Luminoso – O Batismo do Salvador
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a Vosso Batismo no rio Jordão; e vos pedimos, por esse mistério, e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de ser cheio e conduzido pelo vosso Espírito Santo. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério do batismo de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

2º Mistério Luminoso – Início dos sinais de Cristo em Caná de Galileia.
Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra da Vossa manifestação nas bodas de Caná; e vos pedimos, por esse mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, que nunca falte Vossa graça em nossas famílias. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério das bodas de Caná, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.
3º Mistério Luminoso – Anúncio do Reino e convite à conversão.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra ao anúncio do Reino de Deus e o convite à conversão; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a Graça de viver e anunciar o Evangelho. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério do anúncio do Reino de Deus, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

4º Mistério Luminoso – Jesus se transfigura.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra a vossa transfiguração no monte Tabor; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de sermos configurados a vossa Divina humanidade. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da transfiguração, descei, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

5º Mistério Luminoso
– Instituição da Santíssima Eucaristia
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra a instituição da Eucaristia; e vos pedimos, por este mistério; e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, um coração adorador.
Todos: Graças ao mistério da instituição da Eucaristia, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória

MISTÉRIOS DOLOROSOS
1 º Mistério Doloroso – Agonia e oração de Jesus
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da agonia de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

2º Mistério Doloroso- Jesus se deixa flagelar
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa agonia mortal no Jardim das Oliveiras; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da flagelação de Jesus, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

3º Mistério Doloroso – Coroação de Espinhos
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra de vossa coroação de espinhos; e vos pedimos por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da coroação de espinhos, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória
 4º Mistério Doloroso – Jesus no doloroso caminho do Calvário
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra do carregamento da Cruz; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério do carregamento da cruz, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.
5º Mistério Doloroso – Jesus morre na cruz
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena, em honra a vossa crucificação e morte ignominiosa sobre o calvário; e vos pedimos por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do purgatório. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da crucificação de Jesus descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

MISTÉRIOS GLORIOSOS
1º Mistério Glorioso – Jesus ressuscita dos mortos
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena, em honra a vossa ressurreição gloriosa; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor a Deus e o fervor ao vosso serviço. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da ressurreição, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

2º Mistério Glorioso – Jesus sobe ao Céu
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena, em honra a vossa triunfante ascensão; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do céu, nossa cara pátria. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da ascensão descei, em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

3º Mistério Glorioso – Jesus envia o Seu Espírito Santo
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena, em honra do mistério de Pentecostes; e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em nossas almas. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério de Pentecostes, descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

4º Mistério Glorioso
– Jesus chama Sua Mãe para a Glória eterna
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena, em honra da ressurreição e triunfal assunção de vossa Mãe ao céu; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, uma terna devoção a tão boa mãe. Assim seja.
Todos: Graças ao mistério da assunção descei em nossas almas. Assim seja.
1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.

5º Mistério Glorioso – A Santíssima Trindade coroa a Virgem Maria, no Céu.
Nós vos oferecemos, Senhor Jesus esta quinta dezena, em honra da coroação gloriosa de vossa Mãe Santíssima no céu; e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da glória. Assim seja.
Todos: Graças aos mistérios da coroação gloriosa de Maria, descei em nossas almas. Assim seja. 1 Pai-Nosso; 50 Ave-Marias; 1 Glória.
Saudação Final – (Todos)
Eu vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa mui fiel do Espírito Santo, templo augusto da santíssima trindade; eu vos saúdo soberana Princesa, a quem tudo está submisso no céu e na terra; eu vos saúdo, seguro refúgio dos pecadores, nossa Senhora da Misericórdia, que jamais repeliste pessoa alguma. Pecador que sou, me prostro aos vossos pés, e vos peço de me obter de Jesus, vosso amado filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a vós, com tudo o que possuo. Eu vos tomo, hoje, por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o ultimo de vossos filhos e o mais obediente de vossos escravos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros de um coração que seja amar-vos e servi-vos fielmente. Que ninguém diga que, entre todos que a vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, Ó minha vida, Ó minha fiel e imaculada Virgem Maria defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me. Assim seja.

Em Nome do Pai, (+) do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Comitium Nossa Senhora da Paz
Org.: Irmão Adilson
15/12/2018

O que é a Legião de Maria?


O que é a Legião de Maria?

“Sois um movimento de leigos em que vos propondes a fazer da fé a aspiração da vossa vida, para conseguirdes a santidade pessoal. Vós pretendeis servir a cada pessoa, imagem de Cristo, com o espírito e a solicitude de Maria.”
São João Paulo II

Os legionários realizam trabalhos espirituais e de evangelização, e se reúnem semanalmente para trocar experiências e recarregar as energias com orações em torno do altar de Nossa Senhora. Para o legionário, a reunião é o lugar em que a Mãe Santíssima está à sua espera, e onde amigos verdadeiros e fiéis agrupam-se à sua volta. É um momento de partilha, de oração e de discussão de temas referentes à religião e à fé. Além disso, na reunião é que se fortalecem os laços do grupo, construído com amor fraterno e respeito, para que os membros possam contar uns com os outros na realização de seus trabalhos.
Existem várias maneiras de participar da Legião de Maria. Os membros ativos comprometem-se a orar e a fazer visitas, num trabalho ativo de apostolado espiritual, que é orientado através da reunião semanal. As visitas realizadas são domiciliares a idosos, famílias enlutadas, doentes e sempre que houver necessidade de uma palavra amiga e confortadora. Podem ser realizadas também visitas a hospitais, presídios, orfanatos, asilos, etc.
As pessoas que não podem frequentar as reuniões, nem realizar o trabalho de apostolado, ainda assim podem ser legionárias: como membros auxiliares, podem contribuir com suas orações para a obra de Nossa Senhora, por intermédio dos legionários ativos! Os auxiliares ajudam os ativos a serem bem sucedidos em seus trabalhos através de orações.
A oração diária obrigatória tanto para auxiliares como para ativos é a “Catena” (que significa “corrente”). Mas é recomendada também a reza do terço e da “Tessera” (que significa “senha” – a identificação de todo legionário). Esses termos em latim foram escolhidos e mantidos para todos os países, a fim de fortalecer a unidade da Legião em todo o mundo. Além disso, a estrutura da Legião de Maria foi inspirada no exército romano. Trata-se de um exército que parte à conquista do mundo para Cristo, usando a mais importante arma: o terço!
Uma outra arma usada pelos legionários do mundo todo é o manual. Nele se encontram informações sobre a Legião (como sua fundação e estrutura) e também reflexões sobre fé, espiritualidade e a devoção a Nossa Senhora. Sua leitura deve ser constante e seus temas discutidos na reunião semanal, para o amadurecimento da fé.
A Legião de Maria é uma associação de leigos católicos, sob a proteção e intercessão de Nossa Senhora e com aprovação da Igreja, que pela oração e pelo trabalho apostólico ativo, destina-se à evangelização e à santificação dos homens, para a glória de Deus. Para tornar essa missão possível, os legionários buscam também a santificação pessoal, afim de se tornarem cada dia mais aptos a levar Cristo ao mundo.

Venha conhecer de perto a Legião de Maria, participe de nossas reuniões!
Texto: Marina Tavares Gregolin
(www.legiaodemaria.org.b)